segunda-feira, 26 de março de 2012

Me deixa!


Deixe-me tomar o café frio  sozinha. Talvez ele desça melhor em minha garganta que esse meu orgulho ferido pela ponta cortante do seu ego.
Saia daqui e me deixe escrever poemas bobos, falar da vida alheia. Deixe-me ficar triste e amaldiçoar o vento que me despenteia.
Me deixa!!
Deixe-me ser do jeito errada que sou, me deixe chorar por você ou por quem for. Me deixa quieta no meu canto.
Não quero mais as amarras do seu julgamento que me deixavam presa dentro de uma vida, de um corpo e de uma mente que não eram meus.
Deixe-me ir...
Quero ir para o desconhecido. Lá, naquele lugar que  você já foi e onde quero chegar. Ver o mundo, ver as cores, permitir que esses olhos cansados do “mesmo” descubram o novo.  Deixe-me aproveitar essa liberdade que hoje eu aprendi a gostar.  
 (...)
Vou por minha caneta de lado, tomar mais um gole desse café amargo  e observar as pessoas na rua. Quero  tentar decifrar quais segredos escondem e que medos elas têm. Vou tentar achar nelas um pouco de mim que ainda não descobri.
Então, me deixe em paz nesse dia ensolarado, para viver do jeito que quero e não mais com você do meu lado.

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