segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Querer...



Estava há um bom tempo sem escrever. Talvez porque me faltava tempo, assunto, frio na barriga ou tesão mesmo. Me faltava inspiração... a vida quando tá muito certinha, quadradinha, não dá enredo. 
Quando a vida tá assim, me dá um tédio. A coisa fica tão sem graça que começa a dar vontade de procurar encrencas. Sejam elas quais forem. Dá vontade de sair do emprego, mudar de profissão,  fazer um esporte radical, mudar o corte do cabelo, fazer uma tatuagem. Tá, nem todas são encrencas, mas pelo menos dão frio na barriga. O problema é que nenhuma das alternativas anteriores me satisfazem, por isso procurei algo que realmente me virasse de ponta cabeça.... E aquele famoso ditado popular já dizia que quem procura, acha. E eu achei: Você.

Do dia pra noite, comecei a te olhar de uma maneira diferente de como eu sempre te vi. Ao mesmo tempo que estava curiosa para te experimentar, também estava torcendo para que seu gosto não fosse bom. Quantas vezes eu respirei fundo e  rezei para que sua boca não se encaixasse de uma maneira deliciosa na minha. Tudo seria mais fácil pois eu já sabia que você, do seu jeito bagunçado e complicado, seria um perigo. Não no sentido de fazer sofrer mas, sim, no sentido de ser incrivelmente viciante.

Ah como eu queria não te querer...

Queria que seu jeito de me olhar não fosse o motivo de eu me desligar de tudo o que está a minha volta e que seu sorriso bobo não fizesse meu coração disparar de uma maneira ridícula. Como eu queria escutar algumas músicas sem lembrar do jeito gostoso que você dança comigo e como a gente se encaixa num mesmo compasso... 

Queria que seu peito não fosse o melhor travesseiro para eu dormir e que brincar com seu cabelo não fosse meu passatempo predileto ao acordar. Queria que você não me fizesse dar gargalhadas das suas idiotices ou que me irritasse da maneira mais fofa com suas preocupações tolas comigo e seu medo de me machucar. 

Queria que sua respiração perto do meu ouvido não fizesse cada centímetro do meu corpo arrepiar. Ah, como eu queria que seu cheiro não mexesse com meus sentidos e me deixasse completamente louca por você.
  
Ah como eu queria não te querer... 

Mas, você me bagunçou e fez esquecer todas as razões pelas quais não posso te querer. Você virou uma encrenca daquelas que não sei como fugir ou para onde ir para me ver livre.

Mas, estar livre, na verdade, é tudo o que eu não quero.... 



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sorrisos...


E, ao virar pro lado, tentando tirar aquela preguiça do corpo que está cansado de uma noite onde a felicidade guiou nossos passos e decisões, abro os olhos devagar e vejo você perto de mim, dormindo em um sono profundo e percebo no seu rosto as feições de alguém que está sorrindo. Não sei se é por causa de algum sonho ou se você é todo perfeitinho assim mesmo. 

Depois de passar alguns minutos te contemplando, viro novamente meu corpo, encaro o teto do seu quarto e uma retrospectiva da noite anterior começa a passar na minha cabeça. Lembro de cada sorriso que você tirou do meu rosto ao falar uma bobeira no meu ouvido, seu cheiro no momento em que me tirou para dançar, seu olhar demonstrando cada uma de suas vontades, seus beijos e o seus abraços que têm um encaixe viciante... Na verdade você, como um todo, é deliciosamente viciante.

Enquanto minha mente passeia por todos estes momentos, me dou conta que um arrepio gostoso percorre toda a minha espinha, como se todas as sensações que há poucas horas senti tomassem o meu corpo novamente. Meus pensamentos voltam para o presente, para o seu quarto e meus olhos buscam por você novamente. Dessa vez, não me prendo a olhar somente para seu sorriso... observo seu cabelo bagunçado, a sua barba por fazer... Só ali já estão todos os motivos necessários para eu te achar apaixonante.  
Me ajeito próxima ao seu corpo, dou um beijo em seu ombro, quase como uma forma de agradecimento por você me fazer sentir tão bem. Deito minha cabeça em seu peito, fecho os olhos e com um suspiro longo percebo que, dessa vez, quem está sorrindo sou eu.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ano Novo...




Mais um ano virou no calendário e com ele aprendi muitas coisas. Não foi um dos melhores e mais divertidos mas, com certeza, foi marcado por uma palavra: superação.
Superei paixões que não se tornaram amores. 
Superei dificuldades que tive com a saúde física e emocional.
Superei tombos e mudanças na vida profissional. 
Superei chatices, críticas e crises, minhas e dos outros.
Superei alguns medos, falta de paciência e até um assalto.
Superei a minha carência e todas as culpas que senti por minhas “cagadas”.
Superei aquela covardia de colocar a responsabilidade nos outros quando algo não dá certo. Superei, principalmente, a ideia de que minha felicidade depende de outras pessoas e coisas compráveis.

Por ter superado bobeiras e coisas sérias, percebi que tudo, tudo mesmo, depende de mim (das vontades de Deus  - sim, acredito Nele), das minhas escolhas. Por isso, neste ano que começou a engatinhar, não desejo que o “universo” me traga coisas e sentimentos para que eu seja mais feliz, ou seja, depender de fatores externos. Desejo, na verdade, que eu tenha sabedoria para fazer escolhas que me levem a estar, ser e fazer tudo aquilo que me faz bem. Seja dançar, trabalhar, beijar na boca, viajar, virar a noite com amigos.

Quero ter coragem para tomar decisões importantes, energia para estar mais vezes ao lado de pessoas deliciosamente agradáveis, atitude para ajudar quem precisa, ter mais paciência, não me estressar por coisas bobas e amar mais, independente de qual seja a forma de amor. Vou ser sincera comigo mesma, com minhas vontades e vou procurar agir de acordo com as minhas crenças, valores, disposição e que cada dia seja feito por mim e não pelos outros.

Desejo, principalmente, que daqui um ano, quando estiver escrevendo sobre o ano que passou, que eu possa contar sobre meus tropeços e acertos, mas que valeu a pena - e muito -  cada passo que dei e escolhas que fiz, cumprindo apenas um único compromisso: me fazer feliz.